Histerectomia 2
06 jul 2024

Mariana Farcetta

Artista, Arteterapeuta, Ms. em Saúde, Interdisciplinaridade e Reab. e estudante do 5° ano de Terapia Somática em Biossíntese

Saúde

E A MULHER MORTA PARA O CAPITALISMO

HISTERECTOMIA 2 E A MULHER MORTA PARA O CAPYTALISMO uma mulher com a mão no rosto e entre os dedos dela pode-se ver apenas o olho direito. um balão de dialogo sai do rosto dela: “amiga, to com uma vergonha de falar sobre isso...um misto de frustração... sei lá!!. abaixo um balão de dialógo indicando que a voz vem de fora “não viaja, Mariana! Aatravessa!”
M DECORRÊNCIA DAS TANTAS MENSAGENS SOBRE A VERGONHA E A FRUSTRAÇÃO DE FALAR SOBRE HISTERECTOMIA É QUE NASCE ESTA SÉRIE DOS SONHOS NÃO PARIDOS!
na lateral esquerda uma foto de Silvia Federici, mulher branca de cabelo curtos de aproximadamente 80 anos de idade. Da cabeça dela sai um balão de pensamento com o texto: “E você achando que ficar pra titia era só uma brincadeira ingênua!”. Na lateral direita o texto: Silvia Federici no livro “O Patriarcado do Salário” aborda a relação entre o trabalho reprodutivo das mulheres e o sistema capitalista. As mulheres historicamente desempenham um papel crucial na reprodução da força de trabalho, mas esse trabalho muitas vezes é invisível e não remunerado. O patriarcado e o capitalismo estão interconectados, destacando as formas como o corpo das mulheres é controlado e explorado.
Uma foto de Audre Lorde, uma mulher negra, que na época da foto deveria ter aproximadamente 45 anos. da cabeça dela sai um balão de pensamento com a frase: “ Onde estão os espaços para a problematização do viver sem útero? “. E na lateral direita o texto: Em “The Cancer Journals” de Audre Lorde, a autora compartilha suas experiências ao lidar com o câncer de mama e a histerectomia. Ela tece reflexões profundas sobre a relação entre o corpo feminino, o sistema médico e as dimensões sociais que envolvem as decisões de saúde reprodutiva. a experiência da histerectomia não é apenas uma questão médica, mas também está intrinsecamente ligada a identidade, poder e como a sociedade percebe e trata as mulheres.
EM TERMOS GERAIS, O QUANTO AS NORMAS SOCIAIS, CULTURAIS E INSTITUCIONAIS MOLDAM OS CORPOS DE QUEM NASCE COM ÚTERO DESDE CEDO?

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